Santa derrota Mogi Mirim no Arruda e se aproxima do G4
É difícil combater a acomodação quando a tabela mostra que o próximo jogo é dentro de casa , contra o vice-lanterna. A torcida dá a vitória como favas contadas – e os jogadores, até inconscientemente, passam a aceitar essa ideia. Talvez isso explique a atuação apenas mediana do Santa Cruz, ontem, no Arruda, diante do Mogi Mirim, penúltimo colocado da Série B. Mas, embora não tenha brilhado, o time fez o suficiente para conquistar uma vitória magra, 2 x 1, somar três pontos importantes e continuar em ascensão na Segundona. Melhor: com gol de Grafite e Anderson Aquino. Agora, a uma rodada do fim do primeiro turno, o Tricolor está na sétima posição. A apenas três pontos do G4.
O time de Marcelo Martelotte começou o jogo sonolento. Parecia imaginar que venceria quando quisesse. O futebol tratou de mostrar que não seria assim: logo aos 13 minutos, Geovane aproveitou rebote de Tiago Cardoso e bobeira da defesa para abir o placar: 1 x 0 para o Mogi, Arruda mudo.
Não demorou muito, contudo, para que a Cobra Coral reagisse. Da forma que o torcedor mais gosta: com Grafite. O Camisa 23, mais uma vez de cabeça, marcou o primeiro gol do Santa no jogo, o segundo dele em dois jogos na Série B. Eram 19 minutos de jogo.
Aceso pelo gol, o Tricolor continuou em cima. Aos 27, Danny Morais tentou de cabeça. Não marcou. No minuto seguinte, Lelê fez jogada estranha, perdeu a bola, mas foi valente, recuperou a posse e, dentro da área, foi derrubado. Pênalti que Anderson Aquino converteu. Além de colocar o Santa na frente, o atacante voltou a se isolar na artilharia da competição, agora com 10 gols.
Aos 34, Grafite teve a chance de marcar após receber ótimo passe de Lelê. O veterano, porém,se complicou com a bola e desperdiçou chance cristalina. O primeiro tempo acabou com o Tricolor na frente: 2 x 1.
Na volta para a segunda etapa, não houve mudanças de jogadores. Mas de atitude. O Sapão melhorou. A Cobra Coral se retraiu em seu próprio campo. Muito por conta da fraca atuação de seus meias: João Paulo, Lelê e Aquino, apesar do gol, não foram bem. Nem na marcação, nem no apoio. Lúcio, mais uma vez, não agradou. O resultado é que o adversário passou a assustar.
Foram duas chances consecutivas para a equipe do interior paulista. Uma com o atacante Serginho, outra com o lateral Luan. A primeira vai para fora, a segunda para em Tiago Cardoso.
Entendendo que o Santa precisava melhorar, Martelotte mexeu. Tirou Lúcio e colocou Marlon para estancar o sangramento do lado esquerdo. Substituiu Aquino por Luisinho para ter mais força no contra-golpe. Funcionou só parcialmente: a Cobra Coral não melhorou muito na defesa, mas passou a oferecer perigo nas estocadas.
Apesar disso, o segundo tempo passou em campo. Prevaleceu o resultado da primeira etapa. E a vitória, dura, desnecessariamente suada, foi do Santa Cruz.
FICHA DO JOGO
Santa Cruz
Tiago Cardoso; Vitor (Moradei), Neris, Danny Morais e Lúcio (Marlon); Wellington Cezar, Bileu, Lelê, João Paulo e Anderson Aquino (Luisinho); Grafite. Técnico: Marcelo Martelotte.
Mogi Mirim
Mauro; Edson Ratinho, Fábio Sanches, Paulão e Luan (Michel); Magal, Franco e Leo Bartholo (Gustavo); Geovane (Junior Juazeiro), Serginho e Rivaldinho. Técnico: Sérgio Guedes.
Local: Arruda (Recife/PE)
Árbitro: Andrey da Silva (PA)
Assistentes: Eronildo Freitas da Silva e Hélcio Araújo Neves (ambos do PA)
Gols: Grafite (aos 19 do 1T) e Anderson Aquino (aos 29 do 1T) para o Santa; Geovane (aos 13 do 1T) para o Mogi Mirim.
Cartões amarelos: Mauro, Leo Bartholo, Paulão e Geovane (Mogi) Grafite (Santa Cruz).
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